EIT Community RIS Hub in Portugal

A contribuir para um ecossistema de inovação mais conectado e colaborativo em Portugal

Apesar de ser considerado um país Moderate Innovator de acordo com o European Innovation Scoreboard em 2023, Portugal tem-se afirmado como um ecossistema de inovação europeu em franco crescimento, tendo atingido o 12º lugar no Top 100 Emerging Ecosystem Ranking do Startup Genome. A sua capital, Lisboa, foi premiada como Capital Europeia da Inovação, considerada #6 no Startup Heatmap on Europe de acordo com o DEEP Ecosystems Report 2023, e acolhe a Web Summit, a maior conferência europeia da indústria tecnológica, um evento que tem contribuído muito para a afirmação do país como Startup Nation.

O país acolhe mais de 4000 startups que no seuconjunto representam cerca de 1% do PIB nacional, segundo a Informa D&B 2022. O mesmo relatório permite-nos concluir que as startups portuguesas geraram mais de 2 milhões em volume de negócios, representaram mais de 1 milhão nas exportações de serviços e criaram 25 000 postos de trabalho no mesmo ano. Existem também 6 unicórnios com ADN português a operar e o ecossistema de expansão português está a crescer duas vezes mais rápido que a média europeia.

É também importante realçar que Portugal conquistou uma posição acima da média nos rankings internacionais de talento. De acordo com o Institute for Management Development (IMD), Portugal está classificado em 25º lugar no World Talent Ranking, 9º no English Proficiency Index of Education First e 13º nos Indicadores de Atratividade de Talento da OCDE.

Existem também várias universidades no país que estão classificadas acima da média e a ganhar reconhecimento pela excelência da sua atividade académica e de investigação. O seu investimento em I&D está a aumentar, assim como o número de patentes submetidas. Estas desempenham também um papel fundamental na promoção do empreendedorismo através da aposta em diferentes frentes, tais como a criação de programas de educação para a inovação e empreendedorismo, a promoção dos seus centros de investigação como hubs de criação de startups e prestando apoio ao desenvolvimento de ideias de negócio através de incubadoras e aceleradoras ligadas a universidades, que estão entre as com melhores índices de desempenho no país. 

As empresas estão também cada vez mais envolvidas em atividades de I&D e, em diferentes setores, a investir fortemente na colaboração com startups e scaleups.

As políticas públicas e os incentivos seguem também uma trajetória positiva de apoio à inovação e à criação de startups. Em 2023 foram implementadas algumas medidas que contribuíram diretamente para isso, entre as quais: o reconhecimento do estatuto de startups e das scaleups com incentivos fiscais aplicáveis à sua atividade, a alteração do regime de stock options nas startups, o reforço dos incentivos fiscais à I&D (SIFIDE) e diversos instrumentos públicos para incentivar o investimento em start-ups e scaleups, para potenciar a atração de empreendedores estrangeiros no país, para o apoio a desempregados que queiram desenvolver uma ideia de negócio, bem como financiamento dedicado para incubadoras e aceleradoras.

Por último, o capital para startups e scaleups em Portugal sofreu uma diminuição significativa nos últimos anos, segundo dados da Dealroom. Esta facto tem tido um enorme impacto no ecossistema, uma vez que o capital de risco é a forma de investimento mais comum disponível para startups e scaleups inovadoras.

No entanto, existem ainda alguns desafios que o ecossistema enfrenta, nomeadamente a falta de colaboração entre a academia e a indústria que poderá facilitar uma maior diversificação de estratégias mais orientadas para market pull e menos para technology push, a falta de acesso a financiamento especialmente em fases iniciais de desenvolvimento e na fase de scaleup, a necessidade de profissionalizar e enriquecer com boas práticas internacionais as práticas de atores relevantes do ecossistema e a colaboração insuficiente entre esses mesmo atores. Assim sendo, a presença do EIT Community RIS Hub em Portugal pode contribuir positivamente para impactar alguns dos desafios acima referidos.

Sobre o EIT Community RIS Hub em Portugal

O EIT é o maior ecossistema de inovação da Europa, acolhendo mais de 50 hubs, contando com mais de 2.420 parceiros e mais de 5.780 graduados nos seus programas de formação, tendo apoiado a criação de 2.110 novos produtos e serviços e 7.860 novas empresas, e angariado 7,3 mil milhões de euros em investimentos através da EIT Ventures.

Em Portugal o contributo da Comunidade EIT para o ecossistema nacional tem sido notável e fica bem espelhado em algumas destas métricas de impacto:

  • 204 startup apoiadas pelo EIT;
  • 54 mulheres empreendedoras apoiadas pelo EIT;
  • 16.66 milhões de euros de investimento atraído para empresas apoiadas pelo EIT em Portugal;
  • 34 inovações apoiadas pelo EIT lançadas no mercado;
  • 51 residentes Portugueses formados em programas de Mestrado e Doutoramento com o selo EIT; 
  • 7000+ participantes envolvidos em iniciativas não-formais de educação do EIT.

O EIT Community RIS Hub em Portugal é composto pelas Knowledge and Innovation Communities (KICs) muito ativas, nomeadamente a EIT Food, a EIT Health, a EIT Manufacturing e a EIT Urban Mobility, bem como uma Representação do EIT Health Innostars em Portugal.

A visão estratégica de reforço da colaboração entre estas KICs e a criação de um EIT Community RIS Hub no país, incluindo as suas regiões autónomas da Madeira e Açores, é um sinal da importância desta instituição para a competitividade do ecossistema português à escala Europeia e Global. O objetivo do Hub é reunir estudantes, investigadores, empreendedores, decisores públicos e privados, empresas e investidores para traçar um caminho que apoie o crescimento e a competitividade do ecossistema de inovação e empreendedorismo de Portugal.

Toda a informação relativa à atividade e oportunidades do EIT Community RIS Hub em Portugal pode ser encontrada neste site e na página de LinkedIn a que pode aceder aqui.

“Enquanto EIT Community Officer para Portugal pretendo trabalhar de forma verdadeiramente colaborativa com o EIT, com as Knowledge and Innovation Communities (KIC) do EIT e com todos os atores públicos e privados que compõem o ecossistema nacional de inovação e empreendedorismo, de forma a contribuir para o seu crescimento e afirmação do seu papel estratégico no panorama europeu e global. O recém-criado EIT Community RIS Hub em Portugal irá funcionar como uma one-stop shop de oportunidades e programas do EIT e das suas nove KICs, e irá potenciar novas sinergias em torno dos três principais pilares de ação do EIT: educação, inovação e criação de empresas.

RITA TOMÉ ROCHA, EIT COMMUNITY OFFICER PORTUGAL

Financiamento e Impacto do EIT

Portugal recebeu um total de 13,25 milhões de euros em financiamento do EIT em 2022. Este montante é 4,42 milhões de euros superior ao financiamento recebido em 2021 e foi direcionado para as organizações portuguesas através das KICs do EIT.

A maior parte desta verba foi alocada a atividades relacionadas com o ensino superior. O financiamento incluiu 3,4 milhões de euros para apoiar as PME portuguesas, com o EIT Food representar a KIC que mais contribui para o investimento no tecido empresarial nacional.

Sobre a EIT Community Officer

Rita Tomé Rocha
EIT Community Officer Portugal

Rita Tomé Rocha tem mais de 10 anos de experiência a trabalhar no ecossistema de inovação e empreendedorismo em Portugal dada a sua posição anterior como Coordenadora do Tec Labs, a Incubadora e Área de Inovação e Empreendedorismo da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde foi responsável pela supervisão da gestão da incubadora de base científica e tecnológica, bem como da atividade de transferência de tecnologia, inovação e ligação à indústria dentro da instituição.

É também Entrepreneurship Educator há mais de 8 anos, tendo dinamizado várias iniciativas de ensino formal e não formal na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e na Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa, especializando-se nas áreas da criatividade, inovação, design e systems thinking, empreendedorismo, gestão, comunicação e marketing. E, por último, faz parte da equipa de formadores pedagógicos da Universidade de Lisboa com especial enfoque em metodologias de ensino ativas, em estratégias de gamificação no ensino e no futuro das universidades.

É licenciada em jornalismo e trabalhou na área durante mais de 5 anos com especial enfoque em temas de economia e finanças, e é mestre em gestão aplicada.

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